No Dia Mundial das Línguas Gestuais, comemorado em 23 de setembro, a Instituição reforça seu papel social ao formar pedagogos com conhecimento de Libras
Se antes, lecionar para pessoas surdas era uma limitação nas escolas, hoje está se tornando realidade, pois a grade curricular das instituições de ensino superior está cada vez mais moderna e adaptada às exigências do mercado.
Um exemplo é o curso de Pedagogia do Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal), que possui o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como disciplina atendendo a legislação vigente e, assim, contribuindo com a garantia do direito à educação para todos.
E aprender a língua dos sinais é um diferencial, como explica Geverson Wesley Melo da Silva, graduado em Pedagogia. “A Libras no curso foi muito interessante, principalmente por termos um professor surdo, onde os alunos presenciaram a realidade de como os surdos se comunicam com ouvintes", comenta.
A coordenadora do curso de Pedagogia, Perla Cristiane Enviy, ressalta que o ensino de Libras visa a formar e habilitar o futuro pedagogo para atender a necessidade profissional da educação básica. “A partir da perspectiva da inclusão, compreendemos que o ensino de Libras na matriz é um diferencial no processo formativo docente, já que auxilia no trabalho com crianças, jovens e adultos que fazem uso da língua e o professor precisa estar preparado para este trabalho", diz.
Professor de educação infantil em Castro, Geverson reforça as palavras de Perla e comenta que um profissional habilitado em Libras é um diferencial. “Quando o aluno chegar na escola e souber que tem outras pessoas que entendem a sua língua, haverá estímulo de aprendizagem, deixando o assunto mais interessante e chamativo", finaliza.
Levantamento
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% dos brasileiros são surdos. Estima-se cerca de 10 milhões com algum problema para ouvir, enquanto 3 milhões não ouvem nada.
Além disso, quando se trata da educação das pessoas surdas, os dados são alarmantes, pois, segundo o Instituto Locomotiva em uma pesquisa na Semana da Acessibilidade Surda em 2019, cerca de 7% dos surdos brasileiros têm ensino superior completo, 15% frequentaram a escola até o Ensino Médio, 46% até o fundamental, enquanto 32% não têm um grau de instrução.
Da Assessoria
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