Reitor Miguel Sanches Neto confirmou o interesse da universidade, mas ressaltou pontos importantes que ainda devem ser discutidos no trâmite
Após discussão sobre a possibilidade do fim da TV Educativa através do Projeto de Lei 339/2021, o presidente da Câmara Municipal de vereadores, Daniel Milla (PSD) revelou durante a Sessão Ordinária do dia 29 de agosto que a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) poderia assumir o comando do sinal da emissora. Em entrevista ao Grupo aRede, o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, confirmou o interesse da universidade e ressaltou os próximos passos da transferência de sinal.
“Nós somos parceiros para aquilo que a cidade, a Funepo e a Prefeitura precisam. Se a melhor opção for que a televisão venha para a universidade, nós faremos de tudo para que isso se viabilize. Essa é uma conversa que data de um ano. Há um ano já estamos discutindo isso”, revelou Sanches Neto.
“O reitor ainda explicou que se trata somente da transferência do sinal da TV Educativa, visto que a administração de toda a estrutura da Funepo não seria possível. “Nós não podemos assumir a Funepo judicialmente. É importante deixar claro que a universidade se coloca à disposição para resolver um problema. Agora, cabe ao conselho gestor da Funepo, à Câmara de Vereadores e à Prefeitura Municipal definir qual o melhor destino para a TV Educativa. Nós estamos abertos, dentro da nossa perspectiva, a fazer com que esse sinal continue funcionando em Ponta Grossa em prol da educação, da cultura e do jornalismo local”, explicou.
Cenário Atual
De acordo com o reitor, tratativas estão em andamento para que seja realizada uma transição do sinal e, no atual momento, três equipes de trabalho atuam para agilizar a transferência. A primeira equipe trata da fiscalização dos equipamentos da emissora para a viabilidade técnica da concessão. A segunda equipe analisa os trâmites jurídicos necessários para a transferência e, por último, um terceiro grupo está estruturando um planejamento de programação da TV. “Vamos ter que criar uma estrutura que receberá essa incumbência de, em conjunto com o curso de Jornalismo, com a coordenadoria de comunicação, produzir uma grade de programação que seja a mais educativa possível para fazer jus ao nome da televisão”, diz o reitor.
“É importante esclarecer que a universidade não está pedindo a TV para ela. Em segundo lugar, para que o sinal seja transferido, é preciso toda uma organização para que não haja interrupção no sinal. Muitas vezes, de forma maldosa, as pessoas ficam criando narrativas de que a universidade quer a TV ou que a UEPG não tem uma programação, enfim. O que a gente pode garantir é que a universidade quer o melhor destino para esse sinal”, finaliza Sanches Neto.
Por aRede
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