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Pesquisadores desvendam novos sítios com arte rupestre em Piraí do Sul

  • Foto do escritor: culturacaopg
    culturacaopg
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Detalhes das pinturas rupestres do Abrigo da Jararaca com o uso de filtros que realçam digitalmente os grafismos. Foto: Alessandro Chagas (GUPE).
Detalhes das pinturas rupestres do Abrigo da Jararaca com o uso de filtros que realçam digitalmente os grafismos. Foto: Alessandro Chagas (GUPE).


A cidade de Piraí do Sul, nos Campos Gerais do Paraná, voltou a receber pesquisadores do Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE), que estão novamente em campo para explorar e registrar manifestações de arte rupestre na região. O novo projeto, intitulado PiraíRupestre: descobrindo novos sítios arqueológicos com pinturas rupestres em Piraí do Sul (PR), teve início em dezembro de 2024 e seguirá com atividades ao longo de 2025.


Após o destaque alcançado em 2021 com a descoberta das pinturas rupestres nas formações conhecidas como "Araucárias", os pesquisadores do GUPE iniciaram uma nova etapa de prospecção em áreas ainda não exploradas. Já nas primeiras incursões, uma importante descoberta foi feita: o sítio arqueológico “Abrigo da Jararaca”, que passou a integrar o acervo de registros da arte rupestre local.


Segundo Alessandro Chagas, geógrafo e guia de turismo arqueológico, a novidade reforça a riqueza cultural da região. “Em nossas prospecções temos encontrado novos estilos de grafismos rupestres, com painéis com pinturas de pequenas proporções e ricas em detalhes, o que tem oferecido brechas para novas classificações e releituras. Estas ocorrências nos mostram o quanto a nossa região tem potencial, e que projetos como esse são de suma importância para pesquisas futuras”, afirma.



Primeiro registro de pinturas rupestres de araucárias encontrado pelo GUPE em Piraí do Sul, no ano de 2021. Foto: Angelo Rocha (GUPE).
Primeiro registro de pinturas rupestres de araucárias encontrado pelo GUPE em Piraí do Sul, no ano de 2021. Foto: Angelo Rocha (GUPE).

O projeto, aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, conta com apoio financeiro da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura. Para Henrique Pontes, geógrafo e coordenador da iniciativa, a continuidade da pesquisa é essencial. “Após encontrar as pinturas rupestres das Araucárias em 2021, entendemos que Piraí do Sul está no mapa da arqueologia mundial, portanto, a região é relevante e precisa de novas iniciativas para pesquisar áreas que não tínhamos visitado”, explica.


As buscas têm revelado resultados animadores. Em apenas duas expedições, a equipe do GUPE percorreu mais de 30 quilômetros em meio à vegetação e identificou seis novos pontos com potencial arqueológico. De acordo com a vice-coordenadora do projeto, Laís Massuqueto, o número surpreende e reafirma o valor histórico de Piraí do Sul.



Equipe de pesquisadores durante trabalhos de procura por sítios arqueológicos. Foto: Angelo Rocha (GUPE).
Equipe de pesquisadores durante trabalhos de procura por sítios arqueológicos. Foto: Angelo Rocha (GUPE).


Além das pesquisas de campo, o PiraíRupestre também aposta na educação patrimonial. Uma das ações será a distribuição gratuita da segunda edição do livreto infantil As Aventuras Arqueológicas de Ema para escolas públicas do município. O material contará com audiodescrição, ampliando o acesso de pessoas com deficiência visual ao conteúdo educativo. “A ideia é permitir que mais crianças conheçam a importância da preservação arqueológica desde cedo”, diz Massuqueto.


Para acompanhar as novidades do projeto, o público pode acessar o perfil oficial do grupo no Instagram: @espeleogupe.

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