Trabalho de centenas de voluntários possibilita que o Instituto prossiga sua missão de aproximar livros sem leitores de leitores sem livros
Mais de 400 mil histórias circulam pelas mãos dos milhares de leitores alcançados pelo Instituto Pegaí Leitura Grátis em Ponta Grossa e outros 14 municípios paranaenses. Neste mês de novembro, o Instituto bateu a marca dos 400 mil livros disponibilizados para leitura, seja nas Estantes Pegaí ou pelo projeto Alimentando Mentes, que inclui literatura nos kits de alimentos distribuídos por igrejas, escolas e instituições.
“Alcançar esta marca significa muita dedicação e muito trabalho voluntário realizado, além de demonstrar o tamanho da capacidade que podemos ter quando temos um propósito comum, que no nosso caso é levar boa leitura para mais leitores”, conta o idealizador do projeto e presidente do Instituto Pegaí Leitura Grátis, Idomar Augusto Cerutti.
Este propósito tem sido compartilhado nos últimos oito anos por centenas de voluntários, cada um colaborando com aquilo que sabe fazer de melhor. Um destes voluntários é Albino Szesz Junior, que atua como secretário do Instituto Pegaí. Ele relembra o momento em que começou no projeto, quando a meta era disponibilizar o equivalente a um livro por habitante de Ponta Grossa, ou seja, aproximadamente 350 mil livros na época. “Naquele momento isso parecia muito distante, hoje esse número é realidade. O Pegaí é referência no trabalho que realiza e a perspectiva de crescimento é enorme”, diz ele.
Com a missão de aproximar livros sem leitores de leitores sem livros, os voluntários do Pegaí não medem esforços para conscientizar as pessoas sobre a importância de incentivar e compartilhar a leitura. “Ainda não podemos dimensionar o poder de um livro, nem sequer de 400 mil. O significado de atingir este objetivo não diz respeito somente aos números, mas também aos corações valentes e cheios de bondade de voluntários comprometidos e sempre dispostos a dar o melhor de si”, celebra a segunda secretária do Instituto, Diolete Marcante Lati Cerutti.
Tiragens especiais
Para além das doações, que é o carro-chefe do projeto, uma parte considerável destes 400 mil livros são resultado de um trabalho complexo de impressão de tiragens especiais. Para isso acontecer, é necessária a participação de uma série de voluntários: autores, ilustradores, editoras, gráfica, fábricas de papéis, transportadora, patrocinadores, revisora, bibliotecária, etc.
Os livros que serão impressos são escolhidos a dedo por membros voluntários de um Comitê Editorial, coordenados por Maria Luzia Fernandes Bertholino dos Santos. Os autores interessados enviam os livros em PDF por e-mail (já prontos, diagramados, editados e revisados), para serem avaliadas pelo Comitê, que leva em consideração os quesitos de tema, pertinência, escrita e estrutura, além do alinhamento com os objetivos e linha editorial do projeto. Os autores selecionados então cedem o direito de impressão ao Instituto e autorizam sua ampla divulgação e disponibilização nas estantes, o que não gera lucros e/ou direitos financeiros sobre autoria, constando na publicação a tarja de Venda Proibida.
“A demanda de envios de originais inéditos ou livros já publicados para reimpressão é significativa. Como a visibilidade e crescimento do Pegaí é grande, cada vez mais temos autores que se encantam com a proposta e nos enviam publicações para apreciação”, explica Luzia.
Da Assessoria
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