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Foto do escritorRedação

Parque Histórico realiza "Páscoa no Parque"

O domingo de Páscoa no museu será marcado por uma programação especial

O público que visitar o museu vai se deparar com a osterbaum, árvores secas, sem folhas nos galhos, decoradas com ovos coloridos. Foto:Divulgação

A equipe do museu Parque Histórico de Carambeí preparou uma programação especial para receber o público no domingo de Páscoa, 17 de abril. A sexta edição da Páscoa no Parque tem a finalidade de aproximar os visitantes da cultura dos imigrantes e as ações organizadas foram pensadas para atender todas as faixas etárias.


“A celebração da Páscoa é o evento de maior importância na cristandade. A rememoração da ressurreição de Cristo é tanto plural como particular e cheia de significados a cada cultura marcada pela vivência religiosa. Como é no caso das comunidades de holandeses, eslavos e alemães. Carambeí se desenvolveu a partir do convívio de famílias imigrantes e os seus descendentes, por esse motivo é relevante e necessário que o museu recupere certas práticas. São essas práticas que constroem significados e são tão significantes na identidade e na vida desses grupos”, explica a assistente de curadoria, Fernanda Hrycyna.


O público que visitar o museu vai se deparar com a osterbaum, árvores secas, sem folhas nos galhos, decoradas com ovos coloridos. Essa é a representação de um antigo costume germânico, possui uma simbologia e se faz presente na herança cultural cristã. Na simbologia da tradição usa-se galhos secos que representam a ausência de vida e a decoração com o ovo é sinal de renascimento, que dá vida aos galhos. Os símbolos representam a morte de Jesus, a estrutura seca faz analogia com a morte na cruz, mesmo com a tristeza é celebrada a vida e a decoração com ovos coloridos são sinais de ressurreição.


No Parque das Águas, das 13h às 16h, será realizada a Oficina de Pêssankas. Poderão participar pessoas de todas as idades para pintar ovos e conhecer o costume eslavo e os sinais atribuídos a essa prática. O historiador Lucas Kugler, coordenador do Núcleo Educativo do museu, explica a tradição e a sua simbologia, também relata como será a atividade realizada no Parque Histórico. “Os desenhos das pêssankas normalmente são feitos com lápis num ovo de galinha, a pintura é feita com cores naturais e são utilizando ingredientes orgânicos na criação dos pigmentos. Cada uma das camadas do desenho é pintada e protegida posteriormente por cera de abelha, para que então, a camada seguinte possa ser pintada ao mergulhar o ovo num recipiente com tinta. Ao término, a cera é derretida numa vela e logo a pêssanka passa por uma limpeza final, sendo envernizada e colocada num suporte de madeira. Aqui no museu utilizaremos ovos artificiais para pintar os símbolos tradicionais da cultura eslava”, destaca Kugler.


Hrycyna, destaca que a árvore de Páscoa dos alemães e a tradicional pintura eslava em ovos são provenientes do cristianismo. “Tanto a osterbaum, a árvore de Páscoa germânica, como a pêssanka que é o ovo decorado com diversos símbolos da Páscoa eslava, são tradições que atribuem ao ovo a representação da vida, simbolizando que a morte e a ressurreição de Cristo importam em vida plena para os cristãos”.


O zoek de eieren (caça aos ovos) é uma tradicional brincadeira realizada pelos imigrantes holandeses e alemães da antiga colônia Carambeí e não pode faltar na celebração pascal, pois foi com esta prática que a equipe do museu começou a organizar a Páscoa no Parque.


Aproveitando a grande área de jardim para esconder saquinhos com doces e ovinhos de chocolate para a diversão das crianças o coordenador da mediação do Parque Histórico, Pablo Kyoshi, espera marcar com boas recordações os participantes. “Pascoa você sabe, é coelho, chocolate e muita diversão. Todos querem lembrar de alguém querido com um presentinho de chocolate, mas para uma criança é mais que isso, é um momento marcante na infância com muita alegria e de um jeito único, afinal quem nunca procurou ovos escondidos pela casa, ou seguiu as pegadas de coelhos, com uma cestinha bem cheia? Pois é seguindo essa lógica que a equipe do Parque Histórico busca tornar esse momento inesquecível, sem perder a nossa essência e aproximar o público da herança cultural dos imigrantes”, destaca Kyoshi.


A divertida brincadeira de esconder os ovos, para que as crianças encontrem, aproxima os pequenos da cultura dos imigrantes e nesta edição, após o período pandêmico, é oportuna para comemorar a vida. “A caça aos ovos, zoek eieren dos neerlandeses, introduzem as crianças na tradição. Trazer a comunidade para o museu nessas datas, compartilhar desses costumes junto à comunidade, nos faz celebrar a experiência de estarmos vivos, especialmente quando nos encontramos nos recuperando da pandemia, que causou tantas perdas em todo o mundo. Podermos abrir o parque, para junto celebrarmos, é como se nós mesmos tivéssemos ressuscitado”, anima-se a assistente de curadoria.


O Koffiehuis Confeitaria e Restaurante do Parque Histórico de Carambeí está preparado para receber o público na sexta-feira santa, sábado e domingo de Páscoa com um cardápio típico holandês e indonésio que foi preparado especialmente para o almoço do feriado. A Torta de Páscoa, lançada no mês de março, faz sucesso entre os clientes do estabelecimento gastronômico é uma sugestão para comemorar a data festiva.


Serviço:

Na sexta-feira, sábado e domingo o Parque Histórico abrirá das 10h às 17h. O ingresso para visitar o museu é R$20,00. A meia entrada, no valor de R$10,00, é destinada aos professores, 7 a 17 anos, estudantes, doadores de sangue regulares e profissionais da área de saúde com documento comprobatório, PCD. São isentos da tarifa os moradores de Carambeí cadastrados, funcionários da Prefeitura Municipal de Carambeí cadastrados, funcionários da Frísia Cooperativa Agroindustrial, crianças até 6 anos, acompanhante necessário de PCD e pessoas acima de 60 anos. Grupos são atendidos somente com agendamento prévio pelo e-mail agendamento@aphc.com.br. Mais informações pelo telefone 42 98433-4639.


Da Assessoria

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