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Consumo de streaming no Brasil pode diminuir com aumento de preços

Pesquisa mostra que 59% dos brasileiros consideram cancelar os serviços de streaming caso os preços aumentem

Com a pandemia, o relatório também aponta que este ano muitos latino-americanos reduziram o número de plataformas de streaming que assinam. Foto: Reprodução

A premiada agência Sherlock Communications publicou a nova edição do Relatório de Streaming na América Latina em 2021. Segundo a pesquisa exclusiva, conduzida pela plataforma Toluna com mais de 3.000 pessoas em seis países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México), 57% das pessoas na região consideram cancelar assinaturas caso as plataformas de streaming aumentem suas taxas mensais.

A preocupação com os custos se mostrou um fator muito expressivo em toda América Latina. E esses dados foram apoiados por 41%, afirmando que tinham assinado um novo serviço em 2021 devido a uma oferta especial. Isto é um aumento considerável (52%), considerando que apenas 27% dos entrevistados disseram o mesmo em 2020.

Com a pandemia, o relatório também aponta que este ano muitos latino-americanos reduziram o número de plataformas de streaming que assinam. Quando olhamos para os brasileiros, 59% deles afirmaram que considerariam cancelar esse serviço caso o valor das assinaturas aumentasse.

Patrick O'Neill, sócio-gerente da Sherlock Communications, comenta que o mercado de streaming pago se tornou competitivo na América Latina. “Às vezes, podem haver até 30 ou 40 opções diferentes para escolher. O custo pode ser um fator importante para as pessoas na região, e nossa pesquisa mostra que aumentar as taxas de assinatura pode ser uma escolha arriscada, a menos que inclua uma boa oferta, como um conteúdo novo e exclusivo”.

Com o fim da pandemia, o streaming de vídeo tem futuro?

Agora que as restrições foram afrouxadas na maioria dos lugares e as pessoas estão começando a sair e levar uma vida social mais ativa, o que acontece com o tempo gasto assistindo a filmes e séries durante a pandemia? Para 35%, esse movimento não impacta no tempo gasto assistindo aos conteúdos.

E esse movimento de consumo de streaming no Brasil parece bastante forte. À medida que o distanciamento social diminui e mais opções de entretenimento reabrem fora de casa, metade (50%) dos entrevistados no Brasil pretendem manter o mesmo o consumo de conteúdo. Por outro lado, 31% dos brasileiros afirmam que reduzirão o tempo que passam assistindo à produções nas plataformas de streaming, enquanto um grupo menor (11%) disseram que gastariam mais tempo no streaming, mesmo com a reabertura total dos negócios

Para aqueles que afirmaram que esse consumo iria diminuir, quando perguntados sobre quais atividades desejam incluir no tempo livre com o fim das medidas restritivas, as respostas vão desde encontrar um amor até visitar museus. No entanto, para os brasileiros, as principais escolhas são caminhar em áreas externas (50%), sair para beber e comer com amigos (46%), e ir ao cinema (43%).

Expectativa X Realidade: o que motiva as assinaturas e os cancelamentos

Um fato bastante relevante que motivou as assinaturas de streaming foi a necessidade de manter as crianças entretidas, segundo 27% das pessoas na América Latina - no ano passado, 22% dos latino-americanos responderam o mesmo, marcando um crescimento de 23%. Esse também foi um motivo citado por 24% dos brasileiros.

Mas o que mais chama a atenção de toda a região são os lançamentos de produções muito esperadas: 63% citou esse como o principal motivo que o levaria a assinar uma nova plataforma; 57% dos brasileiros disseram o mesmo.

Outros 52% revelaram que a disponibilidade de novos episódios de seus programas favoritos motivaram a escolha da plataforma. Mas, os latino-americanos não querem apenas ver conteúdos internacionais: 32% relataram que a disponibilidade de conteúdo de qualidade em seu idioma seria um fator de decisão sobre quais plataformas consumir.

O conteúdo é de extrema importância para as pessoas na região e, no Brasil, 33% disseram que considerariam cancelar as assinaturas se seus programas favoritos não estivessem mais disponíveis e 59% se houvesse um aumento no valor das assinaturas. Outros 33% disseram que o conteúdo desatualizado seria um desestímulo e poderia motivá-los a procurar outra fonte para suprir as necessidades de entretenimento em casa.

Multitasking: o que fazem enquanto assistem

O ditado brasileiro “um olho no peixe, outro no gato” faz bastante sentido no cenário da América Latina. O conteúdo dos streamings serve de pano de fundo para as tarefas de casa para 31% dos latino-americanos. Além disso, das pessoas da região, uma em cada cinco (15%) afirmou que gosta de manter o streaming ligado enquanto trabalham. Dentro dos respondentes, 10% até relataram que fazem sexo durante o streaming de filmes e séries.

Olhando para os brasileiros, o cenário não é diferente: 48% disseram que costumam direcionar parte da atenção para os celulares, buscando por outras informações enquanto assistem à produção. Curiosamente, a atenção direcionada também é um comportamento forte no país: 46% dos entrevistados afirmaram que, ao assistir vídeos, não fazem nenhuma outra tarefa simultânea.

No entanto, a interação também é importante. Aproximadamente um terço das pessoas (27%) no Brasil disseram que conversam com a família e amigos enquanto assistem a algum conteúdo no streaming. Outros 22% usam o streaming como pano de fundo para as tarefas domésticas e 46% focam no conteúdo que está sendo assistido.

Domínio da Netflix: as plataformas preferidas na região

A Netflix é a plataforma de streaming mais popular da América Latina. Quando questionados se poderiam escolher apenas um, 68% optaram pela Netflix. A Amazon Prime surgiu como a segunda opção mais popular, e 12% dos latino-americanosescolheriam essa como a plataforma de streaming preferida se precisasse escolher apenas uma.

Quando analisamos apenas o cenário brasileiro, o cenário é bem similar: 63% elegeram a Netflix como a plataforma de streaming preferida, enquanto 16% escolheram Amazon Prime. A HBO Max, Disney+ e Claro Vídeo seguem como últimas opções com 6%, 5% e 2% respectivamente.

Baixe o relatório completo da Sherlock Communications sobre o consumo de streaming na América Latina durante 2021.


Da Assessoria

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