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Comunidade de Religiões de Matriz Africana se une contra a intolerância religiosa em PG

Atualizado: 10 de out. de 2023

Os organizadores reforçaram a importância de combater a intolerância religiosa e garantir que Ponta Grossa seja uma cidade que respeita os princípios constitucionais, incluindo a liberdade de culto

Comunidade de Religiões de Matriz Africana se une contra a intolerância religiosa em Ponta Grossa. Foto: Divulgação

No último sábado (07), a comunidade de Religiões de Matriz Africana da cidade de Ponta Grossa se uniu em uma manifestação no Parque Ambiental para repudiar atos de intolerância religiosa ocorridos no início do mês. O evento foi organizado pela TUPJA - Tenda de Umbanda do Pai Joaquim de Aruanda e seu projeto de ação social de voluntários, o Prato Cheio Amigos do Bem, em resposta a comentários ofensivos direcionados à sua iniciativa.


No dia 4 de outubro de 2023, a TUPJA e o Prato Cheio Amigos do Bem, liderados pelo Sacerdote Pai Rafael d'Lufon, que trabalha desde 2011 em Ponta Grossa, foram alvo de injúrias e demonstrações claras de intolerância religiosa, quando indivíduos proferiram comentários preconceituosos e ofensivos. Entre as expressões utilizadas estavam afirmações como "não levem o filho de vocês nesses negócios, vocês já conhecem a palavra..." e "tudo que eles fazem é consagrado aos demônios...", que refletem a ignorância e preconceito que ainda persistem na sociedade.


Diante da gravidade dos acontecimentos, as medidas judiciais cabíveis já foram tomadas para levar o caso à Justiça, buscando reparação tanto na esfera cível, por danos morais, quanto na esfera criminal, para a responsabilização dos autores dos comentários ofensivos.

A manifestação de sábado contou com a participação de membros da comunidade de Religiões de Matriz Africana, bem como de simpatizantes e defensores da liberdade de culto.


Durante o evento, os organizadores reforçaram a importância de combater a intolerância religiosa e garantir que Ponta Grossa seja uma cidade que respeita os princípios constitucionais, incluindo a liberdade de culto. A comunidade pediu o apoio de todos os cidadãos e enfatizou a necessidade de conscientização e educação para combater o preconceito religioso.


A manifestação foi marcada por discursos de solidariedade, respeito à diversidade religiosa e ações simbólicas que destacaram a união da comunidade em face da intolerância. Os organizadores agradeceram a presença de todos os participantes e afirmaram que continuarão a lutar por um ambiente inclusivo e respeitoso em Ponta Grossa.


Este episódio serve como um lembrete de que o respeito à diversidade religiosa é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos possam exercer seu direito à liberdade de culto sem discriminação.

Fotos: Morgana Sauka

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