Programado para acontecer no hall térreo da Biblioteca, o evento terá uma cerimônia de abertura, seguida da apresentação musical com Rúbia Divino e Klüber
A Biblioteca Pública do Paraná inaugura neste sábado (2), às 10h, a “Estante Afro — Maria Águeda”, acervo que possui mais de 500 títulos de autores/as afrodescendentes doados pelo Centro Cultural Humaitá, por intermédio de Adegmar José da Silva (Kandiero).
Programado para acontecer no hall térreo da Biblioteca, o evento terá uma cerimônia de abertura, seguida da apresentação musical com Rúbia Divino e Klüber. Às 11 horas, haverá uma mesa-redonda com Bruno Leonardi, Kandiero e Rosane Arminda Pereira sobre a importância desta ação, que marca o início da construção desta estante, que continuará recebendo novos títulos, exclusivamente, de autores/as negros/as.
O evento será finalizado com o Sarau das Marias, composto por Claudia Maria Ferreira, Dilma Martins dos Santos, Jocilene Macario, Joselisa Teixeira de Magalhães, Rosane Arminda Pereira e Silvana Felipe Benedito (lê Pedra Felipe Benedito).
O diretor da Biblioteca Pública, Luiz Felipe Leprevost, ressalta que a ação simboliza o caráter democrático da instituição. “A BPP é uma das poucas instituições do Brasil que possuem um acervo totalmente dedicado à literatura negra. Esta iniciativa tem um simbolismo importante e marca uma das principais missões de uma biblioteca: ser um local de encontro comunitário acolhedor, aberto e gratuito, onde todos podem refletir, compartilhar e debater”, disse.
A ação conjunta com a Secretaria de Estado de Cultura promove e fortalece as pautas relacionadas à cultura negra, não só no Paraná como no Brasil. Com a inauguração da “Estante Afro — Maria Águeda”, o público poderá ter acesso a obras como "Um Defeito de Cor", de Ana Maria Gonçalves; "Brasil Afro Alto Revelado", de Miriam Alves; "Os Últimos Inéditos de Prosa e Poesia", de Cruz e Souza; "As Andorinhas", de Paulina Chiziane, entre outros títulos.
O nome da estante homenageia Maria Águeda, mulher livre e negra, vinda da região de Tindiqüera, hoje Araucária. Na Curitiba de 1804, ela se negou a obedecer as ordens da esposa do capitão-mor da vila e, por isso, foi levada à prisão, tornando-se um dos símbolos da cultura afro-paranaense.
Kandiero considera este lançamento um momento histórico e que, de certa forma, coroa os 20 anos de ensino da história e cultura afro no currículo escolar. “Aos poucos vamos rompendo o consenso da invisibilidade e a visibilidade do consenso. Próximo do fim da década dos afrodescendentes (2015-2024), proposto pela ONU — cujo tema é justiça, reconhecimento, desenvolvimento e enfrentamentos discriminações múltiplas e agravadas —, a Biblioteca está de parabéns por dar este passo e contribuir com a valorização e visibilidade da presença negra e da cultura afro no Paraná”, afirma o ativista e editor à frente do Centro Cultural Humaitá.
Confira o cronograma do evento de lançamento da Estante Afro – Maria Águeda:
Abertura com Luiz Felipe Leprevost, diretor da Biblioteca Pública do Paraná - 10h15
Apresentação musical com Rúbia Divino e Klüber - 10h30
Mesa-redonda, com Bruno Leonardi, Kandiero e Rosane Arminda Pereira - 11h
Sarau das “Marias” - Com Claudia Maria Ferreira, Dilma Martins dos Santos, Jocilene Macario, Joselisa Teixeira de Magalhães, Rosane Arminda Pereira e Silvana Felipe Benedito (que lê Pedra Felipe Benedito) - 12h
Serviço:
Lançamento da Estante Afro – Maria Águeda
Data: 2 de setembro, sábado
Horário: 10h
Local: hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná – Rua Cândido Lopes 133 – Centro – Curitiba
Entrada gratuita
Por AEN
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