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Após repercussão negativa, Anna Muylaert atende ao público e anuncia atriz trans no papel principal de Geni e o Zepelim

  • Foto do escritor: culturacaopg
    culturacaopg
  • há 5 horas
  • 2 min de leitura


Diante da onda de críticas que tomou conta das redes sociais e mobilizou artistas e ativistas nos últimos dias, a diretora Anna Muylaert confirmou que fará alterações importantes no elenco de seu novo longa-metragem, Geni e o Zepelim. A protagonista, que inicialmente seria interpretada por uma atriz cisgênero, será agora vivida por uma atriz trans, conforme anúncio oficializado neste sábado (19), através do Instagram da cineasta.


A produção, inspirada na canção de Chico Buarque escrita para o musical A Ópera do Malandro (1978), traz como figura central a personagem Geni — historicamente reconhecida como uma travesti — e que, na peça original, simboliza a marginalização social provocada, entre outros fatores, pela transfobia. A escolha inicial de uma intérprete cis para o papel gerou forte reação, com personalidades como Liniker e Camila Pitanga se posicionando publicamente contra a escalação.


Em sua publicação, Muylaert reconheceu a necessidade de rever a decisão."A personagem principal, inicialmente concebida como uma mulher cis, passa a ser uma mulher trans/travesti, e será interpretada por uma atriz trans", escreveu. "A decisão foi fruto da escuta atenta e do aprendizado de intensas trocas com pessoas de diferentes setores da sociedade."


A trama do filme — que ainda não tem data de estreia definida — se passa em uma cidade ribeirinha no coração da floresta amazônica. Segundo a sinopse oficial: "Inspirado na canção homônima de Chico Buarque, o longa narra a história de Geni, prostituta de uma cidade ribeirinha, localizada no coração da floresta amazônica. Amada pelos desvalidos e odiada pela sociedade local, ela vê sua cidade sendo invadida por tropas lideradas por um tirano, conhecido como Comandante, que chega voando em um imponente zepelim, com um verdadeiro projeto de poder predatório para a região. Ele obriga todos a fugirem rio adentro, onde acabam presos. Porém, quando o Comandante vê Geni, ela percebe que talvez ainda haja uma chance de virar o jogo."


O filme é uma coprodução da Midgal Filmes, Paris Entretenimento e Globo Filmes, e vem sendo acompanhado de perto por quem defende uma maior representatividade de pessoas trans no audiovisual brasileiro. A reviravolta na escalação, segundo especialistas, marca um importante gesto de escuta e reposicionamento diante da responsabilidade cultural e simbólica de uma obra com tamanha força histórica.


Com informações: Omelete

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